Um dia eles saíram né, mas năo levaram só o tecido de pesca, levaram umas grades de cerveja dentro da canoa, umas bancas, umas cadeiras, quando eles chegaram lá... e mais um cacho de banana... Quando eles chegaram lá eles... eles tavam lá e... se manifestou assim um... um negócio dum movimento na água aí cresceu pra cima dum, pereceu que era uma cobra grande. Cresceu uma cobra grande, aí eles viram... olha a cabeça da cobra grande. Nessa a cobra veio. Funcionaram a lancha, e a cobra perto, perto.
E agora?
Agora joga umas grades de cerveja. Jogou umas grades de cerveja e a cobra grande engoliu tudinho, as grades de cerveja. Aí correram, correram, a cobra grande em cima de novo. Quando chegou mais perto eles jogaram as bancas e mais as cadeiras, a cobra grande fssiiii...
E agora?
Agora é o seguinte, năo tem jeito prá dá jeito. Um deles disse assim, e aí jogaram a
banana, o cacho de banana, também. A cobra grande só tchá, engoliu o cacho de bananas. Aí um deles disse assim: agora năo tem jeito, de qualquer maneira ela já engoliu as grades de cerveja, as bancas e mais o cacho de banana. Eu já vô me jogar porque năo vai ter jeito mesmo, se jogou na boca da cobra grande. Sumiu pra lá.
Um deles, um deles. Chegou lá, como a é cobra grande ele chegou lá e ficou lá dentro da cobra grande, ele podia andar dentro da cobra grande. E a cobra grande atrás do outro. Ele deu com a mesa, deu com a grade de cerveja, ele arrumou logo aqui, sentou aqui... abriu uma cerveja e começou a tomar lá dentro. Já tava tudo pra lá, só fez arrumar e sentou lá e começou. Disse que ele estava tomando lá, aí o colega dele chega. Colega dele chega, a cobra grande já tinha engolido.
Aí chega lá, o colega dele já estava tomando a gelada e tirando o gosto com banana. Quem se atrasô foi ele né? Se ele vai primeiro ele também tava.
Contado por Antonio Bentes Farias, em 17 de setembro de 2000, na praça de Suruaca no Rio Tapajós.