Quando eue era garoto eu e o pai dele aqui.
Nós moravámos lá no aritapéra. Naquela época năo tinha barco com tem hoje era só canoa de velas. E o meu pai tinha uma canoa com o nome nega. A canoa tava no porto.
Eu era garoto e a minha măe disse pra eu ir lá na casa d'uma vizinha, aí pro lado de cima. Nóis descęmo no nosso caminho e aí fômo pra água pra pegá a canoa que era pra pegá o dito caminho de ir na casa dela. A velha Filuca, a măe do Nilolira. Aí quando a gente ia chegando assim uns 20 ou 30 metros da canoa, tava cheio de homem assim bem na popa da canoa. Era a formatura de um homem. Aí nós fomos chegando pra lá, assim, năo tinha nada, năo tava com medo com nada. Aí de lá ele só fez caí dentro d'água e boiô bem. Agora, quando ele boiô lá, o pai desse que era meio mole, passô na minha frente, na carreira voltando com medo. E era um boto, tava na popa da canoa e de lá ele caiu pra água.
Contado por Benedito Pinto da Silva, em 21 de setembro de 2000, em Camanova no Rio Amazonas.