Conta-se aqui na Amazônia que esse boto participa sempre, nestas comunidades pouco aculturada, das festas, principalmente as festas que se realizam próximo as margens dos rios nestas comunidades pequenas. Tăo, em noite de luar esse boto sai pra namorar e o primeiro local ele entra na festa. Ele está sempre trajado de roupa branca e chapéu na cabeça. O chapéu na cabeça, dizem os mais antigos, que é pra tampar o buraco que o boto tem. E entăo todas as festas que ele participa ele consegue sempre uma namorada.
Ele ilude uma mocinha desavisada, naturalmente, tira a moça da festa e volta para a beira do rio. Em um determinado momento, sem que ela perceba, ele volta novamente pra dentro da água correndo e deixa a moça amada, moça apaixonada por aquele rapaz.
E depois todos tomam conhecimento que era o boto que estava todo de roupa branca na festa. É mais ou menos assim essa estória.
Contado pelo professôr em Cachoeira do Aruă no Rio Aruă, em 19 de setembro de 2000.