Esse senhor como pode dizę era muito duvidoso. E aí aparecia muita, que eles chamam de cobra grande né. Aí tem um garapé chamado garapé da sucuri. E esse
garapé é grande, é muito fundo. Aí ele gostava de bebę muita cachaça.
Aí tem esse lugar aí chamado Marituda. Lá tinha um comércio. Daqui ele disse pra nós que era pra nós ir compra cachaça lá no Marituba. Aí nós fômo. Lá ele compro 7 garrafa de cachaça e compro um cacho de banana grande. E aí nós viémo.
Quando chegô lá na boca desse garapé eu disse: "Olha, vam bora." Eu disse: "Olha cumpadre, nós năo travessa aqui." Ele já: "Năo cumpadre, vocę é medroso. Vamo embora travessá." Era noite. Aí eu disse: "Entăo vâmo."
Veio um daqui e otro daqui. Encontra aqui né. E lá tinha um grande rebuzero e apareceu um negócio dum bicho. Era a cobra grande. Aí quando nós ia no mei do garapé eu olhei assim tinha duas tochas. De fogo. Eu disse: "Cumpadre vâmo remá! Vâmo remá porque o bicho pega nóis." Aí ele de porre se cansô.
Ele agarrô o remo atravessô assim disse: "Eu năo remo mais. Se ela quisé cumę ela vai cumę um homem!" Eu digo: "Ocę num rema?" Toma nele. Aí ela cabô de cumę ele, ela partiu em cima de mim certo. Aí tinha o cacho de banana.
Joguei. A cobra arcançô. Aí tava a saca com a rede dele e a cachaça. Joguei pra lá. Ela engoliu tudo. Aí ele ficou lá dentro da barriga dela, da cobra grande. Ele tinha isqueiro no bolso. Aí ele... tec, tec, tec, tec. Aí ele foi, com muito esforço dentro da barriga da cobra grande.
Mas era uma casa. Ele disse que era uma casa. Aí ele alumiô, era o coraçăo dela. Ele tava com uma faca. Ele chego e meteu-lhe a faca no coraçăo dela. Quando foi 7 hora do dia ela subiu. Lá ele gritava na barriga da cobra grande. Aí eu puxei mas um poco. Aí cortaram ela com um machado e ele tava lá. Comendo a cahaça e tirando o gosto com banana.
Contado por Fujenco Silvo, em 20 de setembro de 2000, en Nova Sociadade no Rio Arrapiúns.